quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Maturana

Ao ler artigos e textos referentes as pesquisas do chileno Humberto Maturana, chamou-me a atenção a parte que fala no amor. Para Maturana o amor é a emoção que fundamenta o social sendo que nem toda convivência é social.
Sem a aceitação do outro na convivência não há o social. Somos sobretudo animais dependentes do amor. É um fenômeno biológico cotidiano. É um fenômeno tão básico e cotidiano no humano que o negamos culturalmente para dar lugar a outras emoções. A criação de consciência de guerra pode ser um exemplo disso. Só se dá na negação do amor cedendo lugar à indiferença e ao cultivo da relação de rejeição e ódio que negam a diferença e permitem a destruição. Maturana diz que à medida que isso não se dá, a biologia do amor desfaz o inimigo.
Mas, existem relações que não estão fundadas no amor. Estas não são relações sociais.

"O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo outro na convivência, e é esse modo de convivência que conotamos quando falamos do social "(Maturana, 1998b, p. 23).

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