sexta-feira, 24 de abril de 2009

Relato de Experiência:

Não diferente de outras escolas, na escola em que trabalho foram construídas algumas rampas para cadeirantes, dando a impressão que a inclusão teria somente esta principal preocupação e solução para os casos que teríamos. Na verdade desde que foram construídas as rampas até hoje não recebemos nenhum aluno que fosse precisar delas, mas muitos com outros tipos de necessidades bastante delicadas.Gostaria de ressaltar o caso de uma aluna anã , que já estuda na escola a 4 anos, iniciando na 2ª série. Na época que a menina iniciou a estudar em nossa escola a SMED nos mandou mesinha e cadeirinha especiais para a menina. Na 3ª e 4ª séries ela também utilizou-as, porém agora que foi para a 5ª série e já esta entrando na adolescência não quis mais utilizá-las, preferindo as classes e cadeiras iguais as dos colegas, apesar de sentir-se desconfortável. A aluna sempre foi tratada com carinho e obteve muitos cuidados por parte dos colegas, professores e funcionários, porém , sua irmã que estuda na mesma escola não dá atenção a mesma e tem vergonha dela perante os colegas. Como pode?A própria irmã é quem discrimina a menina dentro da escola. Tivemos um trabalho bastante delicado para realizar principalmente com a família da menina, de valorização e de conscientização. É incrível mas neste caso notava-se claramente que a menina era tratada com discriminação dentro da própria família. Então fico pensando, quantos casos mais devem existir como este? Em que a própria família que deveria ser o principal local de afeto , respeito e acolhimento para o portador necessidades especiais, infelizmente , não é.

Histórico e Legislação da Educação Especial

A Educação Especial, como modalidade da Educação Escolar, organiza-se de modo a considerar uma aproximação sucessiva dos pressupostos e da prática pedagógica social da educação inclusiva, a fim de cumprir os seguintes dispositivos legais e políticos filosóficos.

A Educação Especial- modalidade da Educação Escolar- é expressada pela primeira vez na LDB 4.024/61, cujo conteúdo do texto legal aponta que a educação das pessoas com deficiência deve enquadrar-se no sistema geral de educação. Já na LDB 5.692/71 fica expresso o tratamento especial para alunos com deficiência física, mental e os superdotados.

A atual LDB 9.394/96, no seu texto ( Capítulo V- Da Educação Especial) expressa que a educação das pessoas com deficiência, preferencialmente se dará na rede regular de ensino. As discussões da Educação Especial, além de contemplar o modo de sua oferta, escola regular/escola especial, deverão aprufundar e redimensionar o trabalho realizado com as pessoas com deficiência, superando uma prática centrada na abordagem clínica e assistencial.

Legislações:

Da Constituição Federativa do Brasil/ 1988:

Artigo 208 - III Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

Lei 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente:

Artigo 54 - è dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

III - Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

A Declaração de Salamanca - Sobre Princípios, Política e Prática em Educação Especial - Conferência Mundial de Educação Especial/ Salamanca- Espanha junho de 1994, trata no seu texto sobre a Educação para Todos.

Parecer 441/2002 - Comissão Especial de Educação Especial.

Parâmetros para a oferta da educação especial no sistema Estadual de Ensino. "As Diretrizes Nacionais para a educação especial coerentes com o momento histórico e embebidas desse debate elegem a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais na escola regular, como o caminho preferencial, admitindo formas alternativas de atendimento apenas quando essa inserção preferencial não for possível total ou parcialmente".

Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de fevereiro de 2001 - Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Modelos Epistemológicos e Modelos Pedagógicos


A interdisciplina de Psicologia II, proporcionou-me estudos referentes aos Modelos Epistemológicos, teorias que explicam o processo de aprendizagem. A Epistemologia Empirista (pedagogia diretiva), configura uma reprodução do autoritarismo, da coação da heteronomia, da subserviência, do silêncio da morte da crítica, da criatividade e da curiosidade , que considera o aluno como uma tabula rasa não somente quando ele nasceu como ser humano, mas frente a cada conteúdo estocado na sua grade curricular, ou nas gavetas de sua disciplina, a Epistemologia Apriorista( pedagogia não-diretiva)acredita que o ser humano nasce com o conhecimento já programado em sua herança genética e o aluno, pelas suas condições prévias, anula a ação do professor o qual renuncia àquilo que seria a característica fundamental da ação docente: a intervenção no processo de aprendizagem do aluno.
A Epistemologia Interacionista (pedagogia relacional)acredita que o aluno só construirá algum conhecimento novo se o professor agir e problematizar sua ação.
A tarefa principal do professor não é transmitir conhecimento. Ao invés disso, consiste em assegurar que as crianças atuem física e mentalmente. Estes atos devem ser do tipo que seja importante para o desenvolvimento humano, especialmente interações sociais que enfatizam a linguagem e a manipulação de objetos para resolução de problemas.
Piaget enfatiza a interação social como condição necessária para o desenvolvimento intelectual. As crianças precisam falar , discutir e disputar com outras crianças. O professor precisa cuidar que a interação social, tenha um lugar proeminente na programação diária do ensino.
O clima psicológico dentro da sala de aula é de suma importância e é determinado principalmente pelo professor. As conclusões de Piaget sugerem que este clima deve ser de liberdade e espontaneidade. Isto não deve ser interpretado como um clima de "lassez-faire" em que o professor não dirige nem ajuda. Ao invés disso o professor providencia materiais, sugere atividades, trabalha com e ajuda os alunos. Conversa espontânea é permitida e a troca de idéias, estimulada. O professor faz com que atividades produtivas sejam maximizadas e que o caos não ocorra.

Bibliografia:
BECKER, Fernando. Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos.