domingo, 19 de dezembro de 2010

Trabalho de Conclusão do Curso


É chegado o final do curso de Pedagogia à Distância - PEAD

MEU TCC - Clique AQUI

sábado, 20 de novembro de 2010

Hora de Refletir!


Penso que esta mensagem é bastante apropriada para este momento de finalização dos nossos trabalhos.
NÃO DESISTA DOS SEUS SONHOS
'Quando estabelecemos metas específicas é muito maior a nossa chance de conquistarmos nossos sonhos. Dedicação e empenho também são requisitos indispensáveis nessa dura jornada.
No entanto, mais importante do que tudo é acreditarmos efetivamente na própria capacidade de atingirmos os objetivos propostos, fazendo e dando o melhor de nós.
Muitos serão aqueles que, pelas mais variadas razões, colocarão obstáculos em nossa caminhada. Alguns dirão que nosso sonho é uma grande bobagem. Ou, ainda, que se trata de muito esforço à toa. Outros falarão que não somos capazes de alcançá-los e que deveríamos optar por objetivos mais fáceis.
E assim, muitos desistem da luta, por medo, por preguiça ou porque acreditaram nas previsões negativas dos outros.
Porém, nossos sonhos continuarão lá, dentro de nossos corações e diante de nossos olhares. Mesmo que deixemos de nos esforçar para ir ao encontro deles, eles permanecerão fazendo parte de nós, como uma tarefa não cumprida. Projetos nobres e ideais justos não devem ser abandonados nunca.
Convictos de sua importância perante a vida, precisamos de esforço para alcançá-los, não importando quantas tentativas sejam necessárias para isso.
Que o seu dia seja uma bênção, você é muito especial, nunca desista de um sonho ou de um projeto, lembre-se que você é capaz e que o Senhor está sempre ao lado.'

Esta mensagem foi retirada do site:

http://www.mensagensvirtuais.xpg.com.br/mensagem-Nao-desista-dos-seus-sonhos/ (acessado em 20/11/2010)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Projeto: Vamos Ajudar Nosso Planeta!




Justificativa: Devemos sensibilizar as crianças em relação aos problemas ambientais, mostrando que o futuro está em suas mãos, no ar que respiramos, na água que bebemos, onde e como vivemos. Tudo serve para indicar que atitudes de degradação e deterioração da natureza não podem ser tratadas com indiferença, nem pela sociedade, nem pela escola. Não adianta cobrar do governo e dos outros, atitudes que ainda pessoalmente não conseguimos ter.
Dentro deste projeto foi trabalhada a história infantil: "A Doença da Terra" da autora Maria Aparecida Pinceratti (Curitiba: Arco Íris,1995-2ª Edição, Literatura Infanto Juvenil), a qual proporcionou o desenvolvimento de diálogo sobre os problemas ambientais relatados na história e construção de texto coletivo sobre os motivos da "doença da terra".
Neste mesmo projeto foi apresentada a história infantil: "Por que Economizar Água?" de Jen Green e Mike Gordon. (São Paulo: Scipione, 2004. Coleção valores). Através desta história foram formadas frases com dicas para economizar água , as quais foram escritas em mini-panfletos, para distribuição em outras turmas da escola, na tentativa de conscientizar outras pessoas sobre a importância de todos se preocuparem com este líquido tão precioso que não pode ser desperdiçado.

A literatura infantil, não pode ser utilizada apenas como um pretexto para o ensino da leitura e para o incentivo à criação do hábito de ler, para que a obra literária seja utilizada como um objeto mediador de conhecimento, ela necessita estabelecer relações entre teoria e prática, possibilitando ao professor atingir determinadas finalidades educativas.
Aliar a literatura infantil em uma metodologia de ensino por projetos nas séries iniciais é uma das possibilidades que evidencia bons resultados no ensino da linguagem e em muitas outras áreas de conhecimento. Percorrendo como leitores nas páginas desenvolvidas neste trabalho, depara-se muitas vezes com o desejo de abordar questões essenciais que permeiam o estudo da literatura infantil, da pedagogia de projetos interdisciplinares, da criança, da escola, dos docentes, dos pais, do social, do ético, do filosófico, do psicanalítico, enfim de toda a complexidade presente na discussão do universo literário infantil e pedagógico.
Através deste trabalho, passeia-se rapidamente pelo fantástico e vasto mundo da literatura infantil colocando em relevância questões essenciais para o educador, sensibilizando-o no sentido de valorizar a literatura como instrumento importante para as diversas aprendizagens, podendo ela ser bem contextualizada em um assunto abordado num projeto interdisciplinar, que cria condições para a participação ativa dos alunos em um clima de criação, de descoberta, de colaboração e respeito mútuo, despertando possibilidades para aprendizagens significativas.


Para Joana Cavalcanti:

É importante que o educador compreenda que trabalhar com Literatura infanto-juvenil é formar sensibilidades, provocar olhares, desconstruir contextos, possibilitar caminhos que se abrem para o múltiplo, poético e sagrado universo humano. (CAVALCANTI, 2004, p.123)
Trabalhar com a literatura infantil através de uma ação pedagógica adequada à situação cultural e social da criança, é sem dúvida um desafio constante, pode-se dizer em uma linguagem bastante popular que aliar a literatura infantil à projetos interdisciplinares nas séries iniciais é como "unir o útil ao agradável".


Bibliografia:
CAVALCANTI, Joana. Caminhos da Literatura Infantil e Juvenil: dinâmicas e vivências na ação pedagógica. São Paulo: Paulus, 2004.

domingo, 7 de novembro de 2010

Projeto Contos de Fadas



Justificativa: Levando em conta o fato de toda a semana os alunos retirarem livros na biblioteca para realizarem leituras em casa, chamaram-me a atenção as obras retiradas, que na maioria das vezes são Contos de Fadas. O Patinho Feio, Os Três Porquinhos, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Pinóquio, Peter Pan, João e Maria e a Pequena Sereia são as preferidas dos alunos. Tendo em vista esta preferência da turma resolvi trazer para a sala de aula, de maneira lúdica e em atividades diversas integradas em algumas disciplinas, o mundo Mágico dos Contos de Fadas.

Os contos de fadas são histórias muito interessantes porque as crianças se identificam com elas, e passam a querer ouvi-las incontáveis vezes, por sentir que naquele personagem há algo semelhante ao que vive ou sente no momento.

Cito agora, alguns trechos esclarecedores da Obra "Como e por que ler Clássicos Universais desde cedo" de Ana Maria Machado:

Clássico não é livro antigo e fora de moda. É livro eterno que não sai de moda.
O primeiro contato com um clássico, na infância e na adolescência, não precisa ser original. O ideal mesmo é uma adaptação bem-feita e atraente.
Muita gente fala em prazer da leitura, mas às vezes essa noção fica um pouco confusa. Claro existe um elemento divertido, de entretenimento, em acompanhar uma história engraçada, emocionante ou cheia de peripécias. É uma das alegrias que o livro pode proporcionar, mas essa é apenas a satisfação mais simples, evidente e superficial. Há muito mais do que isso. Muito mesmo, como sabe qualquer leitor. (...) a leitura dos bons livros de literatura traz também ao leitor o outro lado dessa moeda: o contentamento de descobrir em um personagem alguns elementos em que ele se reconhece plenamente. Lendo uma história, de repente descobrimos nela umas pessoas que, de alguma forma, são tão idênticas a nós mesmos, que parecem uma espécie de espelho. Como estão, porém em outro contexto são fictícias, nos permitem um certo distanciamento e acabam nos ajudando a entender melhor o sentido de nossas próprias experiências. Essa dupla capacidade de nos carregar para outros mundos e, paralelamente, nos propiciar uma intensa vivência enriquecedora é um dos grandes prazeres de uma boa leitura. (MACHADO, 2002, p.15, 19 e 20)

O projeto envolvendo os Contos de Fadas foi bastante rico, pois proporcionou aos alunos muita imaginação, curiosidade, reflexão sobre a realidade, busca pelo conhecimento, desenvolvimento da linguagem, além de trabalhar as emoções, a atenção e a observação.
As histórias trabalhadas pelos alunos foram Pinóquio, Chapeuzinho Vermelho, Patinho Feio, Os Três Porquinhos e Branca de Neve.
Realizamos atividades bastante diversificadas a partir das mesmas, como: teatro de fantoches, criação de histórias diferentes embasadas nas originais, construção de adições e multiplicações, estudo de diferentes moradias, pesquisa sobre animais ovíparos e vivíparos, brincadeiras musicais, reescrita das histórias, trabalhos em dobradura e outras atividades.


Bibliografia:
MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássicos universais desde cedo – Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Literatura em Projetos Interdisciplinares



•LITERATURA INFANTIL EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES
Através da utilização da literatura infantil interligada a um ensino por projetos, a aprendizagem poderá ganhar um sentido bastante amplo, completo e rico pois a educação deve ser um espaço para descobertas obtidas através da participação e colaboração ativa de cada aluno com seus parceiros em todos os momentos, possibilitando assim, a construção de sujeitos autônomos e cooperativos, críticos, sensíveis e preocupados com situações vivenciadas por si e pelos outros.
A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA INFANTIL EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Em projetos interdisciplinares, o confronto de opiniões, a motivação, as interações sociais, o trabalho cooperativo e a exploração dos sentimentos, das emoções e da sensibilidade, possibilitarão à criança condições que asseguram o caráter formativo das atividades, através de uma boa orientação do professor.
Cabe aos professores, acreditarem e terem esperança de que a escola pode ser atualmente, o melhor espaço para que ocorra uma mudança cultural de idéias e valores, e isso poderá ocorrer, através da literatura e da pedagogia de projetos, que unidas abrem portas para o reconhecimento e o conhecimento de infinitos mundos: dentro e fora de nós mesmos e de interação com os outros.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da Língua Portuguesa mencionam o ensino por meio de projetos. Segundo os autores:

Os projetos são excelentes situações para que os alunos produzam textos de forma contextualizada - além do que, dependendo de como se organizam, exigem leitura, escuta de leituras, produção de textos orais, estudo, pesquisa ou outras atividades. Podem ser de curta ou média duração, envolver ou não outras áreas do conhecimento e resultar em diferentes produtos: uma coletânea de textos de um mesmo gênero (poemas, contos de assombração ou de fadas, lendas, etc, um livro sobre um tema pesquisado, uma revista sobre vários temas estudados [...]. Os projetos além de oferecerem reais condições de produção de textos escritos, carregam exigências de grande valor pedagógico: podem apontar a necessidade de ler e analisar uma grande variedade de textos e portadores do tipo que se vai produzir: como se organizam, que características possuem ou quais tem mais qualidade[...]; por intermédio dos projetos é possível uma intersecção entre conteúdos de diferentes áreas: por um lado, há os projetos da área da Língua Portuguesa que, em função do objetivo de trabalhar com textos informativos, privilegiam assuntos de outras áreas [...]; os projetos favorecem o necessário compromisso do aluno com sua própria aprendizagem. (PCNs, 1997, v.2, p.70-72).

Pode-se aproveitar um projeto que esteja sendo trabalhado, referente a um determinado assunto, e pensando nisso encaixar um livro, afinal, encontra-se atualmente uma diversidade muito grande de obras literárias, com diferentes narrativas que podem ser aproveitadas em variados temas escolhidos nos projetos iterdisciplinares. O conteúdo dos livros serve para divertimento e também para explorar temas, os mais diversos, ligados direta ou indiretamente às áreas do conhecimento e aos temas transversais.
As histórias infantis são grandes responsáveis pela aprendizagem, de uma forma lúdica elas estimulam a aquisição da leitura e da escrita, transmitem valores essenciais à convivência humana. Cada vez que são contadas de forma criativa, transcendem o universo ficcional, pois agregam conhecimentos ideologias e ressignificam o mundo.

Bibliografia:

BRASIL. Ministério da Educação: Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa, v. 2, Brasília: MEC/SEF, 1997.

sábado, 23 de outubro de 2010

Alfabetização e Letramento


A alfabetização é o processo de contínua descoberta, reconhecimento, relacionamento , interpretação e interiorização da língua escrita.
A criança deve atuar como sujeito do processo de aquisição da língua escrita, por isso tenho ela como um ser ativo na aprendizagem da leitura/escrita, mediante interação com o meio, com o outro e consigo mesma.
Procuro gerar ações, vivenciar com as crianças temas interessantes, estimulando-as com atividades prazeroras de leitura/escrita, utilizando muitas vezes a literatura infantil em projetos interdisciplinares, tentando assim, buscar o sentido daquilo que se lê e escreve, interagindo com o objeto de conhecimento que é a linguagem (oral, escrita, plástica, etc.) trocando conhecimentos e estabelecendo relações com as outras áreas de aprendizagem (interdisciplinariedade).

Destaco, partes do texto LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO, estudado na interdisciplina Fundamentos da Alfabetização – Eixo II - Profª Annamaria Rangel e Profª Jaqueline Picetti:

"Um sujeito letrado é aquele que se envolve em práticas sociais de leitura e escrita.
Uma criança, que mesmo ainda não dominando a técnica da leitura e da escrita, folheia livros, jornais, revistas... finge lê-los, brinca de escrever, escuta histórias lidas por outro, está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, pode ser considerada letrada, pois já entrou no mundo do letramento. Embora, seja considerada analfabeta, pois ainda não aprendeu a ler e escrever.
Uma pessoa letrada é aquela que, além de aprender a ler e a escrever, faz uso dessa aprendizagem, envolves=se em práticas sociais de leitura e escrita. Acredita-se que, essa pessoa, ao tornar-se letrada, muda seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura, sua forma de relacionar-se com as outras pessoas, com o contexto etc. Esse processo de letramento pode trazer ao sujeito conseqüências lingüísticas, conforme já mostraram algumas pesquisas: uma pessoa letrada fala de forma diferente de uma iletrada ou analfabeta; depois de concluído o processo de letramento, há adultos que passam a falar de maneira diferente, demonstrando que o convívio com a língua escrita pode ter como conseqüências mudanças na língua oral, nas estruturas lingüísticas e no vocabulário.

“... aprender a ler e escrever significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita e decodificar a língua escrita; (...) um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e escrita.” (p. 39 e 40)

Pode-se assim afirmar que, letramento é a condição de quem interage com diferentes portadores, gêneros, funções e tipos de leitura e escrita na vida.
A preocupação, nos dias de hoje, não deve centrar-se apenas em ensinar a ler e a escrever, mas também, e sobretudo, levar as pessoas a utilizarem a leitura e a escrita, envolvendo-se em práticas sociais dessas."

TEXTO: Síntese dos dois primeiros capítulos (O que é Letramento? E O que é Letramento e Alfabetização) do livro: SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Autêntica: Belo Horizonte, 2001. Material elaborado pela Profa. Doutoranda Jaqueline Picetti e pela Profa. Dra. Annamaria Rangel.


Penso que somente pensando, agindo, formulando hipóteses, refletindo e construindo o próprio saber é que a criança irá ler e escrever o mundo.

sábado, 16 de outubro de 2010

A Alegria de Ensinar


Ensinar é um exercício de imortalidade.
De alguma forma
continuamos a viver
naqueles cujos olhos
aprenderam a ver o mundo
pela magia da nossa palavra.
O professor, assim, não morre
jamais...
Rubem Alves

Bibliografia
ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. ARS Poética Editora LTDA, 1994, p.4.

Múltiplas Linguagens

Usar bem a língua não necessariamente significa falar e escrever sempre de modo correto, mas adequar à circunstância. Os indivíduos devem dispor da língua de acordo com a situação comunicativa que estão inseridos e os objetivos que pretendem alcançar.
Falar ou escrever bem não é ser capaz de adequar-se às regras da língua, mas é usar adequadamente a língua para produzir um efeito de sentido pretendido numa dada situação (Marcuschi.2001).
A escrita também não é uma modalidade fixa, não é sempre formal/sofisticada/planejada, assim como a fala não é, em todas as situações de comunicação, informal/coloquial e sem planejamento (Kleiman,1995).
Atualmente, numa sociedade letrada, não se lê e se escreve apenas, mas principalmente desenvolve-se a oralidade, a fala.
A variação existente entre linguagem oral e escrita é uma realidade cada vez mais evidente, então, faz-se a importância de dedicarmos tempo de aprendizagem, tanto para a expressão oral quanto para a escrita.Acredito, então, que a utilização da diversidade literária em projetos interdisciplinares, pode contribuir muito para que isso ocorra.
As propostas de trabalho envolvendo aspectos da fala e escrita em sala de aula podem levar o professor a mostrar aos seus alunos, e com eles interpretar e produzir, as diversas possibilidades de expressão na sua língua. Sendo assim , faz-se necessário permitir ao aluno alcançar uma melhor compreensão de como se dá a produção de textos falados e escritos, bem como de que, dependendo do gênero textual, há diferenças maiores e menores entre fala e escrita.

Obs: Texto produzido a partir da Interdisciplina Linguagem e Educação, Eixo VII, módulo I

Referências:

MARCUSCHI, Luís Antônio. Da Fala Para a Escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez,2001.
KLEIMAN, Angela. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP. Mercado de Letras,1995. P. 15-61.

domingo, 10 de outubro de 2010

Atuação do Aluno e do Professor em Projetos Pedagógicos


O Papel do Aluno em Projetos

Fernando Hernández (1998, p.83) nos apresenta uma sequência de síntese da atuação dos docentes e alunos no projeto, indicando nesta, que o aluno: estabelece a possibilidade do tema, realiza a avaliação inicial: O que sabemos ou queremos saber sobre o tema?, realiza propostas de sequenciação e ordenação de conteúdos, busca fontes de informação, compartilha propostas, planeja o trabalho (individual, em pequeno grupo ou turma), realiza o tratamento da informação a partir das atividades, desenvolve trabalho individual , faz auto-avaliação, conhece o próprio processo em relação ao grupo.
Durante o desenvolvimento do projeto, as crianças são levadas a fazer escolhas, aprendem a priorizar objetivos e focalizar assuntos, sendo que, um dos resultados mais significativos dessas ações tem sido a considerável mudança de comportamento dos educandos no que se refere ao convívio com os colegas. Verifica-se, então, um aumento do clima positivo de interação, do diálogo argumentativo e da capacidade de aceitação dos posicionamentos alheios, fortalecendo a autonomia e o sentimento de grupo, unindo as crianças à identidade da escola sem perder a capacidade de julgamento, discernimento crítico e escolha democrática.

O Papel do Professor em Projetos

Hernández (1998, p. 83), na sequencia de síntese de atuação dos docentes e alunos no projeto, citada no tópico anterior, indica que o professor: estabelece os objetivos educativos e de aprendizagem, seleciona os conceitos, procedimentos que prevê possam ser tratados no projeto, pré-sequencializa os possíveis conteúdos a trabalhar em função da interpretação das respostas dos alunos, compartilha propostas, busca um consenso organizativo, preestabelece atividades, apresenta atividades, facilita meios de reflexão, recursos materiais, informação pontual, favorece, recolhe e interpreta as contribuições dos alunos, analisa o processo individual de cada aluno, conhece o próprio processo em relação ao grupo.
No trabalho com projetos interdisciplinares, pode-se dizer que o professor é um intérprete, pois capta idéias e interesses dos alunos, usando técnicas de observações e registros, o professor interpreta as manifestações das crianças. Quanto mais e melhor os professores conhecerem os seus alunos, mais facilmente poderão captar seus interesses, fontes de temas para o desenvolvimento dos projetos de pesquisa. O professor, também, pode ser considerado um pesquisador, pois a medida que o projeto avança, o professor reflete, explora, estuda, pesquisa e planeja possíveis modos de elaborar e estender o tema.
Além de intérprete e pesquisador o professor torna-se também, um divulgador, pois ele necessita muitas vezes comunicar-se com outros segmentos da escola, com os pais dos alunos, com pessoas da comunidade, com palestrantes e etc., dependendo do tema escolhido e das atividades propostas, também, o professor muitas vezes documenta o trabalho, juntamente com seus alunos, através de fotos, filmagens, blogs ou portfólios.


Bibliografia:

HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A Organização do currículo por projetos de trabalho. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. Obs:Texto estudado na interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação- 2009/2

sábado, 2 de outubro de 2010

Pedagogia de Projetos

Nos dias atuais, cada vez mais se torna imprescindível o desenvolvimento de propostas pedagógicas que valorizem a iniciativa e a participação ativa dos educandos.

No que se refere ao desenvolvimento humano, os avanços das pesquisas científicas, tem apontado que a criança, desde o período de gestação da mãe, já se encontra vinculada e interagindo com o meio. Estas pesquisas também se direcionam para a relação existente entre aprendizagem e desenvolvimento.

Neste sentido, é interessante observar o pensamento de Vygotsky (1988), no qual o sujeito é interativo, constrói seus conhecimentos de forma inter e intrapessoal: primeiramente constrói com os outros e o meio e depois organiza e elabora individualmente. É por meio da troca com outros sujeitos e consigo mesmo que se vai internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, permitindo assim a constituição da consciência coletiva.

No século XX, a criança foi reconhecida pela sua capacidade de criar, por seu entusiasmo em conhecer a própria vida e pelo seu poder de sensibilidade.

Vários estudos foram sendo desenvolvidos, no decorrer deste século com o objetivo de conhecer a visão de mundo e a imaginação infantil, os sentimentos das crianças e como se dá o desenvolvimento das aprendizagens das mesmas, como por exemplo pode-se citar estudos realizados por John Dewey (1859 – 1952).

Estes estudos realizados, nos levaramm a perceber a necessidade de procedermos a uma educação socialmente qualificada e de intervenção educativa essencial, fazendo-se necessário haver oportunidades para que a criança vivencie plenamente as múltiplas linguagens, que envolvem os diversificados aspectos que integram o seu desenvolvimento.

Dewey (1978) acreditava que, mais do que uma preparação para a vida, a educação era a própria vida, para este estudioso, aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante de fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos e ensina-se não só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências proporcionadas pelos problemas criados, pela ação desencadeada.

Foi então que inspirado pelas teorias e experiências de Dewey, o educador norte-americano William Kilpatrick (1871 – 1965) criou o método de projetos.

Em setembro de 1918, uma das mais importantes revistas de educação, Teachers College Recort, divulgou um artigo no qual este autor explica e denomina o "Método de Projetos". Tal proposta caracteriza-se como uma forma de integração curricular e preocupa-se com o "interesse" que deve acompanhar o trabalho pedagógico de modo a suscitar no aluno a vontade de saber. O embasamento teórico de Kilpatrick estava fundamentado nos estudos de uma "escola ativa" de John Dewey. Naquela época os conceitos científicos não eram construídos com os alunos, que deveriam memorizar os conhecimento "aprendidos". Deste modo, não proporcionavam uma melhor inserção e participação das crianças em seus ambientes de circulação.

Kilpatrick (1967) destaca três questões indispensáveis para o planejamento de projetos: "Como se realiza a aprendizagem; Como a aprendizagem intervém na vida para melhorá-la; Que tipo de vida é melhor". (KILPATRICK, 1967, apud SANTOMÉ, 1988, p.205).

Atualmente a pedagogia de projetos é discutida por diferentes autores: Santomé e Hernández na Espanha, Jolibert na França e Miguel Arroyo no Brasil, entre outros.

De acordo com Santomé (1998):

O principal ponto de partida do método de projetos deriva da seguinte filosofia: por que não fazer dentro da sala de aula o que se faz continuamente na rua, no ambiente virtual verdadeiro?[...] o método de projetos desenvolve-se com a finalidade de resolver os problemas de meninos e meninas em suas vidas cotidianas, como construir uma cabana, preparar uma festa local, construir uma pequena horta, proteger e ajudar um animal ferido, etc. (SANTOMÉ, 1998, p.204)

Hernández (1998) nos contempla com a seguinte idéia:

Não existem temas que não possam ser abordados através de projetos. Freqüentemente o sentido de novidade, de adentrar-se nas informações e problemas que normalmente não se encontram nops programas escolares, mas que o aluno conhece através dos meios de comunicação, conduz a uma busca em comum da informação, abrindo múltiplas possibilidades de aprendizagem, tanto para os alunos como para o professorado. Tudo isso não impede que os docentes também possam e devam, propor aqueles temas que considerem necessários, sempre e quando mantenham uma atitude explicativa similar à que se exige dos alunos. ( HERNÁNDES, 1998, p.68).


Miguel Arroyo (1994), defende a presença na escola de temas emergentes, de um currículo plural e aponta que:


Se temos como objetivo o desenvolvimento integral dos alunos numa realidade plural, é necessário que passemos a considerar as questões e problemas enfrentados pelos homens e mulheres de nosso tempo como objeto de conhecimento. O aprendizado e vivência das diversidades de raça, gênero, classe, a relação com o meio ambiente, a vivência equilibrada da afetividade e sexualidade, o respeito à diversidade cultural, entre outros, são temas cruciais com que, hoje todos nós nos deparamos e, como tal, não podem ser desconsiderados pela escola". (ARROYO, 1994, p.31)

OBS: Este texto foi elaborado a partir de leituras e pesquisas realizadas através da Interdisciplina Didática Planejamento e Educação - 2009/2 - Enfoque Temático 4

Bibliografia:
VYGOTSKY, Lev S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A Organização do currículo por projetos de trabalho. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

DEWEY, John . Vida e Educação. São Paulo: Melhoramentos, 1978.

SANTOMÉ, Jurjo T. Globalização e interdisciplinariedade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

ARROYO, Miguel. Escola Plural. Proposta Pedagógica Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. Belo Horizonte: SMED, 1994.

KILPATRICK, 1967, apud SANTOMÉ, Jurjo T. Globalização e interdisciplinariedade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

domingo, 26 de setembro de 2010

Despertar


Ao me tornar professora, muito jovem, aos 16 anos, não tinha consciência do que seria realmente minha profissão, trazia uma bagagem teórica estudada no magistério, sonhos, ilusões e vontade de trabalhar.
Com o passar do tempo, com a vivência de novas experiências, analisando situações e interpretando fatos que ocorriam dentro da educação é que “despertei” para a responsabilidade e grandiosidade de minha profissão. Cada vez mais tornou-se necessário refletir nas questões que eram relativas a mim , como professora, dentro do processo educativo.
Procuro estar sempre pronta para um “novo despertar”, e descobrir cada vez mais novos métodos, técnicas e idéias inovadoras para a melhoria do ensino dos alunos.
O professor não pode ficar estático perante todos os fatos novos que acontecem em torno de sua profissão, principalmente quando também ocorrem insucessos dos alunos. Não pode só cumprir seu papel de qualquer maneira, sendo apático as situações diversas, não pode fraquejar e deve sempre tentar buscar novas soluções e algo novo.
Cabe ao professor, sempre , se auto avaliar e questionar-se sobre seu desempenho e como está desenvolvendo seu papel de educador, dentro do contexto social em que vive.
Como educadores devemos estar sempre prontos para um “novo despertar”, relacionado a coragem de enfrentar mudanças e diversas situações, procurando a melhor saída, buscando novos ideais.
Esta oportunidade de estar cursando PEAD, de ler e refletir sobre vários textos e idéias de diversos autores está sendo muito interessante, pois estou repensando assim, minha prática docente e despertando para uma nova visão e compreensão da realidade .

Como me disse a professora Marlusa da interdisciplina de matemática, através de e-mail em 25/04/2008, em um momento que eu estava bastante angustiada, insegura e confusa:

" Dúvidas permanentes e certezas provisórias são o segredo da verdadeira aprendizagem".
(MARLUSA, 2008)
Nunca esqueci estas palavras e até hoje, durante os momentos de insegurança na produção do TCC, lembro-me delas e consigo seguir adiante. Tenho fé que vou vencer todas as dificuldades, angústias e inseguranças e vou conseguir "despertar" para muitas aprendizagens novas que me trarão muita alegria e me farão melhorar como profissional e pessoa.
Agradeço a Deus e a todos que me apoiam e me acompanham nesta longa caminhada!

sábado, 18 de setembro de 2010

Diversidade Literária


Nos dias atuais, a literatura infantil tornou-se mais abrangente ao influir em todos os aspectos da vida das crianças.
Hoje encontramos de tudo um pouco em nossos livros para crianças e jovens e os autores passeiam por diversos gêneros, escrevendo suas histórias de várias formas, desde: contos, fábulas, lendas, quadrinhos, poesias, etc., para atrair o público infantil.

Fábulas
Distinguem-se dos outros textos pela "presença animal colocada em situação humana e caracterizando símbolos, dentro de um contexto universal" (COELHO, 1991, p.148).
As fábulas surgiram no Oriente e sofreram várias reinvenções, todas com algo em comum: apresentavam lições morais à sociedade. Da necessidade de denunciar indiretamente uma sociedade que apresenta comportamentos de corrupção, além da maldade presente nos seres humanos, surgiram às fábulas primeiramente para para os adultos. De acordo com Jesualdo, surgiu da "[...] necessidade natural que o homem sente de expressar seus pensamentos por meio de imagens, emblemas ou símbolos"(JESUALDO, 1978, p.144).
Ao passar do tempo, as fábulas tornaram-se uma forma de guia de bons princípios para as crianças seguirem, trazendo os animais como instrutores desses conhecimentos.
Os filmes SHEREK 1, 2 e 3, lançado recentemente, traz como alguns dos personagens principais, um ogro e um burro falante. Os dois caminham em busca da felicidade, satirizando a magia dos contos de fadas. O burro apesar de sentir-se excluído, consegue ajudar o ogro a ser feliz, pois o que realmente falta a ambos é a amizade verdadeira e sincera, sem ater-se as aparências. O filme consegue misturar as fábulas aos contos de fadas, nele o príncipe não é um moço lindo e a princesa não é deslumbrante e graciosa, pois, as fábulas não precisam ter essa preocupação, o sentido básico para esse gênero é a mensagem final, o significado que irão deixar para os ouvintes e/ou leitores.


LENDAS
As lendas trabalham especificamente com relatos do povo, que, em geral queria explicar, por fatos sobrenaturais, o que havia experimentado ou vivido. As lendas tem uma narrativa que parte de um fato histórico e o interpreta de uma forma sobrenatural, elas fornecem explicações plausíveis e aceitáveis a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Heróis que fazem o inacreditável, monstros, seres fantásticos e fantasmas desfilam em seus textos causando temor e assombro nos leitores e/ou ouvintes. O folclore brasileiro é rico em lendas regionais destacando-se Boitatá, Boto-Cor-de-Rosa, Saci-Pererê, Curupira, Lobisomem, Mula-sem-cabeça, Iara, Vitória Régia e tantas outras. Muitos destes personagens ganharam ainda mais fama depois de terem aparecido no "Sítio do Pica Pau Amarelo", obra do escritor Monteiro Lobato.

POESIAS
Se apresentam como uma atraente e lúdica forma de contato com o texto literário. As poesias podem brincar com o aspecto sonoro das palavras (rimas, ritmo cadenciado, onomatopéias, repetição de palavras, etc.), podem brincar com o espaço da folha em branco, através de desenhos, podem utilizar imagens, formas de dizer não convencionais, podem tratar de sentimentos e vivências do cotidiano da criança, podem usar o absurdo, o humor, o inesperado, podem se inspirar em composições folclóricas, parlendas e trava-línguas.
A poesia não está só nos livros, nem é feita só de grandes poetas: a televisão, o rádio, os jornais, , as revistas e os outdoors nos exibem, também, diariamente, trocadilhos e jogos de palavras, brincadeiras sonoras e rimas. Propagandas e campanhas políticas, hinos e ditados populares, celebrações e pregões do camelô fazem, diariamente um uso poético da linguagem, conseguindo maior expressividade. A poesia está em toda a parte: nas cartas apaixonadas e nas letras de músicas. A música brasileira é especialmente rica em letras que são verdadeiros poemas, como as de Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso e Vinícios de Moraes, por exemplo. Também na boca do repentista nordestino, no enredo da escola de samba – a poesia está viva. Na voz do rapper da cidade grande, que conta a vida da periferia, expressando suas dores e seus desejos.
A poesia estará sempre viva: comunicando afetos, desafetos, sonhos de mudança.
O canal criativo do ser humano pode ser excitado pela poesia, cabendo ao professor apresentar e possibilitar à criança este encontro com a poesia, servindo assim, como mediador.
Maria Antonieta Cunha nos remete à refletir que o entendimento da poesia não é o essencial, pois "a poesia é para ser sentida, muito mais que compreendida. Uma das principais características do fenômeno poético é exatamente a ambiguidade, a conotação"(CUNHA, 1983, p. 96).
O professor pode propiciar a vivência da poesia, pela dramatização, por movimentos rítmicos, pelos jogos fônicos, em sua riqueza de conteúdo e linguagem. Ele pode também, mostrar que a beleza da poesia é uma beleza que se encontra nas criaturas, na natureza e na vida cotidiana: tudo pode ser poesia.


Contos de Fadas
De acordo com a autora Ana Maria Machado(2002) a literatura dos contos de fadas é caracterizada como popular, uma manifestação artística por meio das palavras, uma forma de produção cultural com sentido próprio; os contos de fadas cumprem uma função fixa, possuem uma estrutura pré-determinada.
O ser humano conta histórias para tentar entender a vida, sua passagem pelo mundo, ver na existência alguma espécie de lógica. Cada texto e cada autor lidam com diferentes elementos e adequando formas e expressões aos conteúdos.
Contar histórias de bruxas malvadas, princesas presas em altas torres e cavaleiros corajosos não é apenas um passatempo lúdico, mas uma importante ferramenta no ensino para a vida.
Trabalhar com contos de fadas na escola, significa ajudar as crianças a compreenderem melhor seus problemas interiores, pois a partir dos contos são despertadas inúmeras emoções, como: desejos, angústias e medos, também significa despertar vários ensinamentos relacionados a realidade de nossos alunos , afinal os contos de fadas são ricos em experiências de vida, como por exemplo: o medo de ser abandonado, a tristeza pela morte dos pais, brigas entre irmãos, a pobreza , a busca da liberdade e a rejeição , que são temas tratados pelos contos e que ajudam as crianças a enfrentar as dificuldades do cotidiano.
Ao desenvolver trabalhos em sala de aula com contos de fadas, os alunos demonstram prazer em ouvi-los, pois ficam curiosos, empolgados, alegres e muitas vezes entristecidos e tentam através de conversas compreender e buscar soluções para alguns personagens do conto ouvido; estas histórias muitas vezes funcionam como uma válvula de escape e permitem que a criança vivencie seus problemas psicológicos de modo simbólico saindo mais feliz desta experiência.
Situando-se na linha de pensamento de Freud, o autor Bruno Bettlheim(2000) busca nos contos de fadas os temas edípicos, os processos de maturação da criança, os fantasmas da angústia e, de uma maneira geral, os conflitos do inconsciente relacionados com os problemas da infância.
Os contos de fadas são psicologicamente mais convincentes do que a narrativa realista, porque colocam a criança diante de uma situação problema cuja solução encontrará graças à sua capacidade de imaginar. Na verdade, o real de que Bettelheim fala não é aquilo que se passa diante de nossos olhos todos os dias, mas aquilo que se passa em nosso interior. Se o medo de sermos devorados torna o símbolo de uma bruxa, é fácil livrar-se dela empurrando-a para dentro de seu próprio fogão para que morra queimada.
De uma maneira geral, os monstros, as bruxas e os personagens terríveis são projeções imaginárias dos fantasmas que a criança traz consigo como, por exemplo, o medo de ser abandonada por seus pais, o medo de ser devorada, medo da rivalidade fraterna. Os contos de fadas são úteis para superar todas essas angústias, e ajudam as crianças a protegerem-se nessas histórias que acabam com final feliz e a identificarem-se com o herói.
Sozinha e sem competência narrativa, a criança seria incapaz de inventar histórias que a ajudassem a vencer seu medo. Portanto, o conto de fadas dá à criança a possibilidade de imaginar onde ela buscará as imagens necessárias para resolver seus problemas.
Bettelheim nos remete a refletir quando diz: "o desprazer original da ansiedade vira o grande prazer de uma ansiedade encarada e dominada de modo bem sucedido" (BETTELHEIM, 2000, p.216). A comprovação deste fato se dá quando a criança volta a solicitar estes contos que dão medo, mas que lhe permitem certificar-se que o bem sempre vence o mal e que o final sempre será feliz.


BIBLIOGRAFIA:

BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos contos de fadas- 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

COELHO, Nelly Novaes. Panorama Histórico da Literatura Infanto/Juvenil. 4. ed. São Paulo: Ática, 1991.


CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: teoria e prática. São Paulo: Ática, 1983

JESUALDO. A Literatura Infantil. Tradução de James Amado. São Paulo: Cultrix, 1978.


MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássicos universais desde cedo – Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. Pesquisado na Interdisciplina Literatura Infanto Juvenil - Eixo 3- Bloco 5

Sites visitados, para pesquisa, em 18/09/2010, na Interdisciplina Literatura Infanto Juvenil - Eixo 3
http://pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo3/Literatura_InfantoJuvenil_Aprendizagem/bloco2/bloco7_poesias.htm
http://pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo3/Literatura_InfantoJuvenil_Aprendizagem/bloco5/bloco4_shrek.htm

Texto - Biografia Freud 1 -p.6- Interdisciplina : Desenvolvimento e Aprendizagem sob enfoque da Psicologia

http://www.chasqueweb.ufrgs.br/~luciane.real/trilha/textosintrodutorios/biografia1.htm

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

História da Literatura Infantil


A literatura infantil surgiu, na verdade por responsabilidade do próprio homem, que ao sentir necessidade de transmitir acontecimentos e idéias, buscou na contação de histórias fictícias uma maneira de repassar a herança cultural, acumulada pela humanidade, ao longo do tempo. Essas histórias eram apenas contadas, não sendo registradas por escrito.
A princípio a criança era vista como um "pequeno adulto", ou seja ela deveria ser educada conforme os objetivos traçados pelos adultos, sem se preocupar com as capacidades e vontades próprias da infância.
Nos dizem Varela e Alvarez-Uria (1992) que segundo as idéias do historiador Philippe Ariès, na Idade Média não existia uma percepção realista e sentimental da infância. As crianças não eram nem queridas nem odiadas nos termos nos quais estes sentimentos se expressam no presente, participavam juntamente com os adultos das atividades lúdicas, educacionais e produtivas e não se diferenciavam dos adultos nem pelas roupas que vestiam nem pelos trabalhos que executavam nem pelas coisas que diziam ou deixavam de dizer.
Alguns livros circulavam na idade Média e do Renascimento, sendo os catecismos criados pelos padres Jesuítas, para pregar o cristianismo às crianças e também circulavam fábulas com narrativas moralizadoras e os livros com narrativas de comportamento exemplares.
Os primeiros livros infantis surgiram no século XVII, quando lançou-se a obra do famoso francês Charles Perralt, que ao trazer histórias da tradição especialmente para as crianças da corte real, narrando-as em finos versos ou prosa burilada, e fazendo com que todas se acompanhassem de uma moral, recontou versões imortais de A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, A Gata Borralheira, O Pequeno Polegar e O Gato de Botas entre outras, conseguindo resgatar este repertório e transformá-lo criticamente nos diversos tipos humanos da sociedade da época, acentuando nas narrativas a forma fantasiosa e mágica, própria das crianças, ao encarar situações.
No século XIX surgem os famosos Contos de Grimm, que foram reunidos pelos pesquisadores e folcloristas alemães Jacob e Wilhelm Grimm, tratando-se de narrativas de fundo popular. Os Contos de Grimm apresentavam uma grande diferença em relação à obra de Perrault: não se destinavam à leitura da corte, mas tinham como objetivo preservar um patrimônio literário tradicional do povo alemão e estar ao alcance de todo mundo. Essa intenção era evidente desde o primeiro título do Livro (Cantos para o Lar e as Crianças). Com esse objetivo, os contos eram narrados em prosa e numa linguagem bem próxima a oralidade, de um jeito parecido ao que era falado pela gente do povo, entre eles os mais conhecidos são: A Branca de Neve e os sete Anões, Os Cisnes Selvagens, Rumpeltistiskin, João e Maria e os Músicos de Bremen.
Entre 1835 e 1872, o dinamarquês Hans Christian Andersen, lançou outra grande antologia de contos de fadas. Andersen apresentou-se com uma grande diferença em relação a Perrault e aos irmãos Grimm: não se limitou a recontar as histórias tradicionais que corriam pela boca do povo, fruto de uma criação secular coletiva e anônima. Ele foi mais além e criou várias histórias novas, seguindo o modelo dos contos tradicionais, mas trazendo sua marca individual e inconfundível - uma visão poética misturada com profunda melancolia. Assim seu livro além de contos de fadas recontados, trazia também novidades como O Soldadinho de Chumbo, o Patinho Feio, A Roupa Nova do Imperador, Polegarzinha e tantas outras narrativas com animais e objetos como seres dotados de comunicação e sentimentos. Seus contos ainda fazem parte do universo infantil e contagiou a imaginação de outros autores.

Cademartori (1994) afirma que:

... a literatura infantil se configura não só como instrumento de formação conceitual, mas também de emancipação da manipulação da sociedade. Se a dependência infantil e a ausência de um padrão inato de comportamento são questões que se interpenetram, configurando a posição da criança na relação com o adulto, a literatura surge como um meio de superação da dependência e da carência por possibilitar a reformulação de conceitos e a autonomia do pensamento. (CADEMARTORI, 1994, p.23)

No Brasil em 1921, a literatura infantil teve como principal marca a obra de Monteiro Lobato, quando publicou Narizinho Arrebitado, que apresentava um apelo à imaginação, diálogos, linguagem visual, enredo, humor e a graça na expressão linguistica e representava "toda uma soma de valores temáticos e linguisticos que renovava o conceito de Literatura Infantil no Brasil" (ARROYO, 1990, p.198), e mais adiante muitas outras obras que até hoje encantam milhares de crianças, despertando o prazer e o desejo de ler.

Bibliografia:
ARROYO, L. Literatura Infantil Brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1990, p.198.

CADEMARTORI, L. O que é literatura infantil? 6ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994, p.23.

MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássicos universais desde cedo – Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, cap. 7. Estudado na Interdisciplina Literatura Infanto Juvenil-Eixo III- Bloco 5

VARELA . e ALVAREZ-URIA .A Maquinaria Escolar, publicado na Revista Teoria & Educação, editada em Porto Alegre, n.6, 1992, p.74. Estudado na Interdisciplina Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica - Eixo II.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tema abordado no TCC

Sou apaixonada por literatura infantil e acredito que ela é maravilhosa para desenvolver o hábito e o prazer da leitura nas crianças, além de também, oportunizar aprendizagens diversificadas em várias áreas do conhecimento. Utilizei a literatura infantil nos projetos interdisciplinares desenvolvidos durante o estágio como uma forte aliada.
Sendo assim, montei alguns tópicos para serem abordados em meu TCC:

Título: " A Literatura infantil como aliada ao desenvolvimento da pedagogia de projetos interdisciplinares".



1)HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL
ORIGENS
FUNÇÕES DA LITERATURA ATRAVÉS DOS TEMPOS

2)A LITERATURA INFANTIL E A ESCOLA
A POESIA NA ESCOLA
AS NARRATIVAS DE TRADIÇÃO
LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
A LITERATURA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

3)PEDAGOGIA DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES
O QUE SÃO PROJETOS INTERDISCIPLINARES
COMO SE PROCESSA O TRABALHO COM PROJETOS
O PAPEL DO ALUNO EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES
O PAPEL DO PROFESSOR EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES

4)A UTILIZAÇÃO DA LITERATURA EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES

5)EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS COM UTILIZAÇÃO DA LITERATURA INFANTIL EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES NO 2º ANO

sábado, 28 de agosto de 2010

Eixo IX - Semestre 2010/2

Estamos iniciando mais um semestre e este será muito especial, pois além de ser o último ele será culminado com o Trabalho de Conclusão do Curso.
Escolher o tema para o TCC não será fácil, pois surgem muitas dúvidas e um turbilhão de idéias ficam "borbulhando" em nosso pensamento.
Acredito que o tema a escolher deverá ser condizente com nossas preferências pessoais, para tornar-se prazeroso e proporcionar satisfação e auto-realização.
Muitas pesquisas, leituras e mais leituras, investigações em livros e artigos e estudos na internet serão intermináveis para que o trabalho seja desenvolvido.
Teremos que ser incansáveis, vencer obstáculos e seguir em frente!!! Não desanimar jamais!!!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

REFLETINDO SOBRE AS ATIVIDADES

Os tópicos e assuntos explorados e investigados pelas diferentes atividades propostas nos projetos foram integrados com as experiências de vida das crianças, fora da escola. Qualquer projeto se desenvolve e cresce através de um processo de socialização por meio da participação e da experiência. A turma é considerada um grande grupo, formado pelos alunos que trazem consigo uma história de vida, modo de viver e experiências culturais diferenciadas, que devem ser valorizadas. Essa valorização se dá a partir do momento em que os educandos tem a oportunidade de decidir, opinar, debater, construir sua autonomia e seu comprometimento com o social. Destaco o mestre Paulo Freire que nos diz: "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."(1997, p.52).
Os projetos desenvolvidos durante o semestre, visando proporcionar autonomia aos educandos, fizeram com que as crianças aprendessem a reforçar sentimentos positivos em relação a si mesmos e aos outros, estabelecendo objetivos dentro da realidade, lidando com o insucesso e o sucesso como fatores decisivos tanto no desenvolvimento quanto na aprendizagem. Os alunos identificaram-se como sujeitos que usufruem e produzem cultura, em pleno exercício de sua cidadania.
Bibliografia:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa- 6ª ed. -São Paulo: Paz e Terra, 1997.

domingo, 20 de junho de 2010

Trabalhando a Copa 2010











A partir do dia 07/06 iniciei o Projeto: Em Ritmo de Copa
Este projeto está sendo bastante produtivo e ao mesmo tempo divertido e gerador de muitas interações pessoais. Ao participar de atividades esportivas as crianças estabeleceram relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de sí próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas , sexuais ou sociais, também adotaram atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas, evitando qualquer espécie de violência.
Ao realizar atividades interdisciplinares envolvendo o tema Copa do Mundo (2010) os alunos conseguiram conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura brasileira, africana , percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais e etnias.
Um dos pontos mais importantes desenvolvidos no projeto "Em Ritmo de Copa" foi a promoção do torneio de futsal, amistoso, entre turmas do 2º ano e 4º e 5º ano no ginásio de esportes Santa Fé, localizado em bairro perto da escola. Durante o torneio os alunos tiveram contatos com alunos de outras turmas, divertiram-se fazendo torcida e participando dos jogos. A turma 21 (2º ano do turno manhã) utilizou faixas na cabeça de cor verde e a turma 23 (2º ano do turno da tarde) de cor amarela. Realizou-se jogos com times masculinos e femininos. Alguns alunos participaram dos jogos e depois colocaram que nunca imaginavam que era tão bom jogar futebol, que não gostavam muito, mas com a participação no torneio começaram a se interessar por futebol.
Como foi um torneio amistoso, não houve uma competitividade muito grande, os jogos aconteceram realmente em carater recreativo, de treino ou nova experiência para alguns alunos.
Como nos diz o PCN (vol.7, pág.49 e 50)

"Uma prática pode ser vivida ou classificada em função do contexto em que ocorre e das intenções de seus praticantes. Por, exemplo o futebol pode ser praticado como um esporte, de forma competitiva, considerando as regras oficiais que são estabelecidas internacionalmente (que incluiem as dimensões do campo, o número de participantes, o diâmetro e pesoa da bola, entre outros aspectos), com platéias, técnicos e árbitros. Pode ser considerado um jogo, quando ocorre na praia, ao final da tarde, com times compostos na hora, sem árbitro nem torcida, com fins puramente recreativos(...). Os esportes são sempre notícias nos meios de comunicação e dentro da escola; portanto podem fazer parte do conteúdo(...)".
Bibliografia:
PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais :Educação Física,Vol.7/Secretaria de Educação fundamental-Brasília:MEC/SEF,1997.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Questões para Reflexão


Será que estamos preparados para ensinar os nossos alunos em educação ambiental?
Que ações dentro da sala de aula revelam esse "olhar" para a educação ambiental?

No meu ponto de vista devemos sensibilizar as crianças em relação aos problemas ambientais, mostrando que o futuro está em suas mãos, no ar que respiramos, na água que bebemos, onde e como vivemos. Tudo serve para indicar que o processos de degradação e deteriorização da natureza não podem ser tratados com indiferença, nem pela sociedade, nem pela escola. Não adianta cobrar do governo e dos outros, atitudes que ainda pessoalmente não conseguimos ter.
Nós professores, precisamos buscar recursos, nos atualizar e estar sempre preparados para enfrentar situações cotidianas que estão relacionadas a Educação Ambiental. Ela deve ter como base um processo contínuo e permanente na educação que foca situações atuais e do dia a dia dos alunos.
"É importante que o professor trabalhe com o objetivo de desenvolver, nos alunos, uma postura crítica diante da realidade, de informações e valores veiculados pela mídia e daqueles trazidos de casa. Para tanto o professor precisa conhecer o assunto e , em geral, buscar junto de seus alunos mais informações em publicações ou com especialistas. Tal atitude representará maturidade de sua parte: temas da atualidade, em contínuo desenvolvimento, exigem uma permanente atualização; e fazê-lo junto com os alunos representa excelente ocasião de, simultaneamente e pela prática, desenvolver procedimentos elementares de pesquisa e de sistematização da informação, medidas, considerações quantitativas, apresentação e discussão de resultados,etc." (PCN, vol.9, p.30)
Dentro da sala de aula e abrangendo a escola, pode-se trabalhar ações de Educação Ambiental, baseadas nos cuidados práticos diários, como por exemplo:
-Conservação da sala limpa, arejada e organizada;
-Incentivar a utilização correta do papel evitando desperdício;
-Enfatizar que o papel destinado à reciclagem não deve ser amassado, porque isso dificulta o manuseio e a reutilização;
-Desligar as luzes ou ventiladores da sala enquanto não tiver ninguém dentro dela, como por exemplo na hora do recreio, educação física ou qualquer outra atividade fora da sala;
-Incentivar o uso adequado das lixeiras e em hipótese alguma aceitar que os alunos coloquem lixo no chão;
-Se na escola existirem lixeiras seletivas para o lixo, orientar os alunos na utilização adequada das mesmas;
- Explicar aos alunos que o vaso sanitário não é lugar para jogar, papéis, alimentos, chicletes, etc. - Ao beber água não não deixar água correndo em desperdício, encher o copo somente com a quantidade necessária para matar sua sede;
- Na hora do lanche não desperdiçar alimentos, guardar o que não vai comer ou dividir com os colegas;
-Não desperdiçar a merenda escolar oferecida pela escola;
-Armazenar garrafinhas, copinhos, e caixinhas que sobram do lanche dos alunos para posteriormente realizar trabalhos artesanais que envolvam a reciclagem destes produtos;
- Recomendar aos alunos que não escrevam em classes, cadeiras e paredes;
-Incentivar os alunos a cuidarem das plantas da escola;
Desde pequeninos os alunos devem sentir que estão sujeitos a regras de respeito às condições básicas da vida e que a boa qualidade dos espaços por eles utilizados dependem das suas próprias atitudes de conservação, respeitando as condições de sustentabilidade e de máxima renovabilidade possível dos recursos.
"O convívio escolar será um fator determinante para a aprendizagem de valores e atitudes. Considerando a escola como um dos ambientes mais imediatos dos alunos, a compreensão das questões ambientais e as atitudes em relação a elas se darão a partir do próprio cotidiano da vida escolar do aluno". (PCN, vol.9, p.50)
Bibliografia:
PCN, Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente, saúde, vol.9.Secretaria da Educação Fundamental-Brasília,1997.

domingo, 6 de junho de 2010

Trabalhando Meio Ambiente

Nos dias 31/05, 01 e 02/06 foram abordados com a turma, temas relacionados ao meio ambiente onde a principal meta a atingir foi fazer cada aluno perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente.

Através de passeio no bairro, possibilitei aos alunos a aplicação dos conhecimentos à realidade local, para que cada aluno se sentisse potente, com uma contribuição a dar, por pequena que seja, para que possa exercer sua cidadania.

"É fato que o trabalho com a realidade mais próxima possui a qualidade de oferecer um universo acessível e conhecido e, por isso, possível de ser campo de aplicação do conhecimento. Dessa forma ele se torna essencial para o exercício da participação".(PCN, vol:9,p.78)

"Cabe ao professor orientar os alunos sobre o que e onde observar, de modo que se coletem dados importantes para as comparações que se pretende, pois a habilidade de observar implica um olhar atento para algo que se tem a intenção de ver".(PCN, vol:4,p.66)

"As observações realizadas resultam em um conjunto de dados que são organizados por meio de desenhos e listas, de modo que as características do ambiente fiquem registradas. Ao realizar registros os alunos tem a oportunidade de sistematizar os conhecimentos que adquiriram".(PCN,Vol:4,p.66)

O nosso passeio na comunidade que teve o objetivo de observar degradações ambientais, teve desfecho final através de um relatório, onde os alunos puderam relatar o repertório de imagens que adquiriram e alguns novos significados para a idéia de ambiente.Os alunos desenvolveram habilidade de descrever ambientes, identificando, comparando e classificando seus diferentes componentes. Os alunos perceberam como é grande a influência das pessoas num ambiente construído e como podem apresentar condições ambientais de vida humana bastante variadas.

A partir da compreensão da natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive, a turma realizou ações como: criar na escola um cantinho da natureza, onde cada um contribuiu com uma plantinha em vaso feito de garrafa pet (aproveitando para reciclagem) e realização de campanha em outras turmas através de música "Tempo de Mudar" (Maísa e Eliana), diálogo e distribuição de panfletos com mensagens de proteção ao ambiente.

sábado, 29 de maio de 2010

Contos de Fadas









É tendo contato com qualquer forma de literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar , transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida. Então, já nos primeiros anos de vida é aconselhavel que a criança tenha contato com histórias inventadas ou extraídas da tradição familiar.

De acordo com a escritora Fanny Abramovich, "quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara sentimentos que têm em relação ao mundo. As histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância, como medos, sentimentos de inveja e carinho, curiosidade, dor, perda, além de ensinarem infinitos assuntos". Além disso é por meio de uma história que a criança pode descobrir outros lugares, etnias, tempos e etc. Dessa forma quanto mais cedo as crianças tiverem contato com os livros mais cedo irão perceber o prazer que a leitura produz, sendo maior a probabilidade de ela se tornar um adulto leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo, o que acredito ser o principal objetivo da contação de histórias.

Os contos de fadas são histórias muito interessantes porque as crianças se identificam com elas, e passam a querer ouví-las incontáveis vezes, por sentir que naquele personagem há algo semelhante ao que vive ou sente no momento.

Cito agora, alguns trechos esclarecedores da Obra "Como e por que ler Clássicos Universais desde cedo" de Ana Maria Machado, p.15:

"Clássico não é livro antigo e fora de moda. É livro eterno que não sai de moda".

"O primeiro contato com um clássico, na infância e na adolescência, não precisa ser original. O ideal mesmo é uma adaptação bem-feita e atraente".

Na pág. 19-20:

"Muita gente fala em prazer da leitura, mas às vezes essa noção fica um pouco confusa. Claro existe um elemento divertido, de entretenimento, em acompanhar uma história engraçada, emocionante ou cheia de peripécias. É uma das alegrias que o livro pode proporcionar, mas essa é apenas a satisfação mais simples, evidente e superficial. Há muito mais do que isso. Muito mesmo , como sabe qualquer leitor.(...) a leitura dos bons livros de leitura traz também ao leitor o outro lado dessa moeda: o contentamento de descobrir em um personagem alguns elementos em que ele se reconhece plenamente. Lendo uma história, de repente descobrimos nela umas pessoas que, de alguma forma, são tão idênticas a nós mesmos, que parecem uma espécie de espelho. Como estão, porém em outro contexto são fictícias, nos permitem um certo distanciamento e acabam nos ajudando a entender melhor o sentido de nossas próprias experiências. Essa dupla capacidade de nos carregar para outros mundos e , paralelamente, nos propiciar uma intensa vivência enriquecedora é um dos grandes prazeres de uma boa leitura".
Nesta semana, de 24 a 28/05 eu e minha turma trabalhamos com os Contos de Fadas. Foi um tema bastante rico, pois proporcionou aos alunos muita imaginação, curiosidade, reflexão sobre a realidade, busca pelo conhecimento, desenvolvimento da linguagem, além de trabalhar as emoções, a atenção e a observação.
As histórias escolhidas pelos alunos foram Pinóquio, Chapeuzinho Vermelho, Patinho Feio, Os Três Porquinhos e Branca de Neve.
Realizamos atividades bastante diversificadas envolvendo as mesmas, como: teatro de fantoches, dobraduras, escrita das histórias, criação de histórias diferentes embasadas nas originais, estudo de diferentes moradias e de animais ovíparos e vivíparos, construção de adições e multiplicações, bricadeiras musicais e outras.
Certamente, com os trabalhos desenvolvidos a partir dos Contos de Fadas, pude colaborar na condução do gosto pela leitura, que levará os alunos ao conhecimento de novos horizontes fantásticos.


Bibliografia:

ABRAMOVICH, Fanny.Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione ,1989,

MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássico universais desde cedo. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2002.

sábado, 22 de maio de 2010

Tecnologia na Educação







A chegada das Tecnologias de Informação e comunicação na escola evidencia desafios e problemas relacionados aos espaços e aos tempos que o uso das tecnologias novas e convencionais provoca nas práticas que ocorrem no cotidiano da escola. Para entendê-los e superá-los é fundamental reconhecer as potencialidades das tecnologias disponíveis e a realidade em que a escola se encontra inserida, identificando as características do trabalho pedagógico que nela se realizam, de seu corpo docente, de sua comunidade interna e externa.
Esse reconhecimento favorece a incorporação de diferentes tecnologias (Computador, Internet, TV, vídeo...) existentes na escola à prática pedagógica e outras atividades escolares nas situações em que possam trazer contribuições significativas.As tecnologias são utilizadas de acordo com os propósitos educacionais e as estratégias mais adequadas para propiciar ao aluno a aprendizagem, não se tratando da informatização do ensino que reduz as tecnologias a meros instrumentos para instruir o aluno.
No processo de incorporação das tecnologias na escola, aprende-se a lidar com a diversidade, a abrangência e a rapidez de acesso às informações, bem com as novas possibilidades de comunicação e interação, o que propicia novas formas de aprender, ensinar e produzir conhecimento, que se sabe incompleto, provisório e complexo.
Se a escola não inclui a tecnologia na educação das novas gerações,ela está na contramão da história, alheia ao espírito do tempo. Quando o professor convida o aluno a visitar um site, ele não apenas lança mão da nova mídia para potencializar a aprendizagem de um conteúdo curricular, mas contribui pedagógicamente para a inclusão deste aluno no mundo tecnológico.
A contribuição da educação para a inclusão do aluno, no mundo tecnológico, exige um aprendizado prévio por parte do professor.
Perrenoud (2000), diz que "as tecnologias da informação e da comunicação são instrumentos que podem ser criadoras e recriadoras da realidade na escola, por este motivo é que devem ser utilizadas de forma responsável no sentido de se obter resultados satisfatórios, ajudando ao professor a cumprir sua função social na escola, tendo o máximo de cuidados para não obter resultados contraditórios".

No dia 21/05, o Diretor da escola em que trabalho, instalou na sala de telecine da escola , um Noot Book interligado na TV digital de 42 polegadas. A partir desta ação pude trabalhar com os alunos, no computador, jogos de alfabetização, como: jogo dos pares (palavras/figuras), quebra-cabeça (palavras/figuras) jogo de memória (palavra/figura, figura/primeira letra). Um aluno de cada vez realizava uma jogada no computador enquanto todos os outros podiam acompanhar as jogadas visualizando pela TV. Os alunos auxiliavam os colegas, davam opiniões e realizavam comentários. Por enquanto nossa escola está sem LABIN (está previsto para ser montado em julho, com 30 computadores), por tanto no momento, precisamos realizar trabalhos que envolvem as tecnologias com o que temos, mesmo sendo um material precário.
A atividade dos jogos no computador foi bastante rica e proveitosa, todos os alunos de minha turma puderam participar e acompanhar pela TV todos os movimentos dos jogos. Além de desenvolverem o manuseio do computador, os alunos desenvolveram também a leitura e a escrita de palavras.

Bibliografia:
Integração das Tecnologias na Educação-Salto para o Futuro-Secretaria de Educação à Distância.Brasília:Ministério da Educação,Seed,2005.204p.;il
PERRENOUD, Phillippe. Dez Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artmed.2000.

sábado, 15 de maio de 2010

Brinquedos e Brincadeiras




Trabalhei com o projeto "BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS" na semana de 10/05 a 14/05,com minha turma de 2º ano. Este projeto teve por finalidade proporcionar aos alunos um ambiente lúdico, facilitando a integração entre eles e modificando o quadro de agressividade tão comum hoje em dia. Descobrindo outras formas de expressar-se, o aluno vai se sentindo mais feliz e percebendo os outros como companheiros para desenvolver brincadeiras e jogos, gerando assim, diversos momentos de sociabilidade.
Para a criança é importante que seu corpo e sua mente estejam em movimento, impulsionados pelo prazer da ação que realiza em uma constante situação de entusiasmo, diálogo e comunicação.
Distanciando-se dos problemas do dia-a-dia e absorvidos pela brincadeira, os alunos, vão pouco a pouco reestruturando sua afetividade, comportamento e compreensão da realidade. As brincadeiras proporcionam momentos de liberdade...
No mundo infantil, quem brinca, brinca pra valer, e brincando reencontra a alegria, e, nessa liberdade em poder brincar os alunos vão sendo educados e vão adquirindo novas aprendizagens.
Ao desenvolver o projeto percebi claramente que durante o brincar , ocorreu entre os alunos um processo de troca, partilha, confronto e negociação, gerando momentos de equilíbrio e desequilíbrio, e propiciando novas conquistas individuais e coletivas. Pude constatar que a ação de brincar é fonte de prazer e , ao mesmo tempo fonte de conhecimento.

Na obra "A CRIANÇA E SEU MUNDO", Winnicott faz colocações fundamentais sobre a brincadeira. Dentre elas podemos citar:

"As crianças têm prazer em todas as experiências de brincadeira física e emocional(...)

(...)Deve-se aceitar a presença da agressividade, na brincadeira da criança(...)

A angústia é sempre um fator na brincadeira infantil e frequentemente, um fator dominante.

(...) A brincadeira é a prova evidente e constante da capacidade criadora, que quer dizer vivência.

(...) As brincadeiras servem de elo entre, por um lado, a relação do indivíduo com a realidade interior, e por outro lado, a relação do indivíduo com a realidade externa compartilhada.

Os adultos contribuem, neste ponto, pelo reconhecimento do grande lugar que cabe à brincadeira e pelo ensino de brincadeiras tradicionais, mas sem obstruir nem adulterar a iniciativa própria da criança."



Bibliografia:

WINNICOT .D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

TEMPO



A importância de trabalhar a noção de tempo na escola é a de preparar o aluno para entender o tempo, como uma dimensão contínua, que passa sem cessar, além disso a criança passa a ver que o tempo abrange momentos(tempo físico) sobre o qual os homens inscrevem suas diferentes trajetórias, frutos de suas relações sociais (tempo histórico).
Um tópico muito interessante de ser lembrado é que a noção de tempo é a mais abstrata e de difícil compreensão para a criança.
Beatriz Aisenberg (1994, p. 138) nos diz:
" Os conhecimentos anteriores (as teorias, as noções já construídas) funcionam como marco assimilador, a partir do qual se outorgam significados aos novos objetos do conhecimento. Na medida em que se assimilam novos, significados, esse mesmo marco vai se modificando, se enriquecendo. É assim como passamos de um estado de menor conhecimento para outro de maior conhecimento".
Sendo assim, a partir da idéia desta autora, aproveitando o Projeto "Homenagen às Mães", realizei a atividade de linha do tempo com meus alunos ( 2º ano do ensino fundamental) pedindo inicialmente que realizassem uma pesquisa junto de seus familiares , referente a fatos marcantes que aconteceram em cada ano de suas próprias vidas através de preenchimento de uma ficha realizando desenhos ou escrevendo.
Após preenchidas as fichas de pesquisa, foram feitas observações e comparações referentes aos fatos registrados por cada um.
Em um outro momento , foi pedido aos alunos que trouxessem fotos deles com idades diferentes a atual (anteriores).
Observamos as fotos, conversamos em que momento e lugar elas foram registradas e após foi montado um painel com a colagem das fotos em ordem cronológica ,de acordo com a idade dos mesmos no momento da foto.
Para surpresa dos alunos, levei fotos minhas de quando era bebê e criança. Os alunos ficaram maravilhados ao perceberem que a professora também já foi criança um dia.
Com o desenvolvimento destas atividades relatadas, os alunos puderam perceber o que existe de comum e de diferente em relação a sua história e a de seus colegas, foram estimulados à capacidade de auto-observação, identificando marcas de mudança no seu corpo, que foram associadas com a noção de passagem do tempo. O desenvolvimento da sucessão de fases biológicas na vida de cada um auxilia no desenvolvimento da noção de tempo histórico.
A atividade de pesquisar fatos marcantes que ocorreram em suas vidas ajudou cada criança a reconstituir seu passado pela própria memória dela e de seus familiares e promoveu um encontro bastante afetivo entre as crianças que trocaram suas experiências e as socializaram.



Fontes de Pesquisa:

Estudos Sociais - Teoria e Prática , unidades III e IV. ACCESS
AISENBERG, Beatriz e ALDEROQUI,Silvia (comps). Buenos Aires:Paidos, 1994. Tradução:Maria Aparecida Bergamaschi

sábado, 1 de maio de 2010

O Jogo e a Aprendizagem




Trabalhando o projeto "O QUE VOU SER QUANDO CRESCER?", sobre profissões aproveitei para dialogar com os alunos sobre a exploração do trabalho infantil. Para este assunto tornar-se de fácil entendimento pelos alunos e ser abordado de uma maneira agradável proporcionei aos alunos uma atividade envolvendo um jogo de tabuleiro sobre o combate ao trabalho infantil promovido pela OIT e CENPEC . O nome do jogo é "Bem-Vindo à Escola" e consiste em proporcionar divertimento e ao mesmo tempo, reconhecer as características negativas do trabalho infantil e a importância do cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente para por fim a essa exploração. O jogo contém um tabuleiro contendo 4 casas de partida,o caminho para a escola e a escola ao centro. Os alunos jogam o dado e avançam suas fichas observando as indicações das casas. Durante o jogo os alunos demonstraram muito envolvimento nas situações vivenciadas , tendo este fato dado um papel de destaque na aprendizagem dos mesmos.
"O jogo tem um fator mágico em sua relação com os alunos , que estão sempre dispostos a jogar e brincar. Este fator é talvez um dos mais importantes do jogo, é o que promove a motivação, gerando maior interação e participação envolvendo os alunos e o conhecimento, proporcionando uma aprendizagem de qualidade, adaptada a cada indivíduo, pelo processamento pessoal dessas atividades. No jogo as vivências acontecem de maneira coletiva e individual.
Ao acompanharmos pesquisas sobre o jogo, o brincar e o brinquedo no universo infantil, encontramos os fascinantes pensamentos de Piaget e Vygotsky. Na releitura desses autores, encontramos muitos fatores que aproximam um do outro. Na questão do jogo e do brinquedo, Piaget ilustra muito bem o seu caráter abrangente e imaginativo: "quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não dependendo da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui" (PIAGET, 1971,p.97).
Vygotsky, tem muitas contribuições que podem ser usadas na educação das crianças. Ele afirma por exemplo, que os fatores biológicos são predominantes sobre os sociais no início do desenvolvimento humano. E, pouco a pouco, a integração social torna-se fundamental para o desenvolvimento do pensamento.
Considerando sua teoria, podemos dizer que o jogo é um elemento essencialmente socializador e , consequentemente, algo muito importante para o desenvolvimento humano. Para Vygotsky, a criança é introduzida no mundo adulto pelo jogo e sua imaginação pode contribuir para expansão de suas habilidades conceituais.
Podemos notar que o jogo ajuda no desenvolvimento infantil e é um fator decisivo na aprendizagem de forma geral. Para adquirirmos maior interação envolvendo o professor e o aluno, fundamento para a conquista de objetos educacionais na Educação Escolar, devemos trabalhar com as atividades lúdicas e os jogos como algo importante para alcançarmos nossos objetivos de aprendizagem".

Bibliografia:
PIAGET.Epistemologia Genética. Lisboa:Dom Quixote, 1971.
HAETINGER, Jogos Recreação e Lazer.IESDE, 2008.

sábado, 24 de abril de 2010

Socialização



Piaget enfatiza a interação social como condição necessária para o desenvolvimento intelectual.Muitas pessoas acreditam que a teoria de Piaget enfatiza somente a maturação do sistema nervoso e a experiência com objetos concretos.No entanto, estes componentes, por essenciais que sejam, não são suficientes. As crianças precisam falar, discutir e disputar com outras crianças. O professor precisa cuidar que a interação social, enfatizando a linguagem, tenha um lugar proeminente no planejamento diário do ensino. Isto pode ser realizado através da inclusão de atividades como, trabalhos de grupo, discussões em grupo, resolução de problemas em grupo, atividades teatrais e etc.
As crianças que se encontram no estágio das operações concretas (estágio em que se encontram a maioria de meus alunos )estão crescendo quanto ao respeito que elas tem pelos outros e ao mesmo tempo cresce o desejo de estar com outras crianças, de ter atividades em grupo, de participar de jogos em grupo, de formar grupinhos, clubinhos, etc.
Um exemplo de atividade em grupo que realizei em uma de minhas aulas, dentro do projeto: "Pindorama, Brasil dos Índios", foi a construção de maquete sobre aldeias indígenas onde os alunos divididos em grupos entre 5 e 6 alunos tinham que montar uma maquete utilizando argila, papelão, papel crepom, ilustrações, folhas de árvores, pedrinhas, cola, tesoura, canetinhas, lápis de cor. Eles próprios tinham que se organizar e combinar como fariam a maquete. Para completarem o trabalho tiveram que trocar muitas idéias, respeitar opiniões, resolver conflitos e determinar posições. Como professora, fui intermediando, cooperando e auxiliando quando muito necessário ou solicitada. Após prontas as maquetes realizamos uma exposição das mesmas aos alunos do 1º ano, onde os grupos produtores das maquetes sentiram-se muito importantes e unidos na construção do trabalho, solidificando assim, o trabalho coletivo.
Bibliografia:
PIAGET ao alcance dos professores, C.M. Charles. California State University, San Diego.Tradução: Profª Igeborg Strake, AO Livro Técnico S/A- Rio de Janeiro-1979.