sexta-feira, 12 de junho de 2009

A Deficiência Física e as Situações Desafiadoras


Lendo, a pág. 18 da leitura indicada no Cap. 1 do Livro Atendimento Educacional Especializado estudei sobre a plasticidade neural no ambiente escolar.
"O ambiente escolar promove desafios de aprendizagem. Privar uma criança ou um jovem dos desafios da escola é impedi-los de se desenvolverem. Não podemos aprisionar a nossa concepção equivocada de limitação. O estudo da plasticidade neural vem nos demonstrar que o ser humano é ilimitado e que apesar das condições genéticas ou neurológicas , o ambiente tem forte intervenção nesses fatores. Quanto mais o meio promove situações desafiadoras ao indivíduo, mais ele vai responder a esses desafios e desenvolver habilidades perdidas ou que nunca foram desenvolvidas. Se propusermos situações de acordo com a limitação da criança, ela não encontrará motivos para se sentir desafiada.\" \"Uma criança com atraso no desenvolvimento motor, ou com uma paralisia cerebral, quando incluída num ambiente escolar inclusivo, tem inúmeras razões para se sentir provocada e desenvolver habilidades que não desenvolveria em um ambiente segregado. Este foi o caso de minha aluna Mari(nome fictício)em 2007, do 2º ano, que tinha problemas na fala e na parte motora. Tinha problemas de equilíbrio e caminhava desordenadamente. Para chegar até a sala de aula precisava passar por duas escadarias. Os colegas se comprometeram e auxiliavam Mari ao descer e subir as escadas. Todos interagiam e gostavam de auxiliar a menina. Mari era bastante corajosa, ela nunca se deixou abater por suas dificuldades, enfrentava as situações com naturalidade. Passado algum tempo, Mari já conseguia subir e descer as escadas sozinha, somente se segurando no corrimão, os colegas, funcionários ou professores nem precisavam mais segurá-la ou apoiá-la com as mão. Mais algum tempo passado e foi notável, Mari já nem precisava mais do corrimão, já se aventurava em subir e descer as escadas sozinha , sem se segurar. Todos se admiravam da força de vontade de Mari, dos cuidados dos colegas com a mesma e do progresso que a menina teve . Apesar de ter sido arriscado a utilização das escadas ao mesmo tempo foi proporcionada a menina uma forma de superação, a menina se sentia muito feliz em poder subir e descer as escadas, sem medo.

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